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  • Por Roque Tomazeli

PT de Gramado acredita na inocência de Lula e leva apoio no julgamento

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 72 anos, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro, mobiliza a esquerda brasileira e internacional, Imprensa, partidos políticos e o Judiciário. Condenado em primeira instância a mais de nove anos de prisão, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) luta pela absolvição no órgão de segunda instância. Dependendo da decisão do TRF-4, Lula pode ter sua prisão decretada. Em Gramado, o PT prepara a militância para levar apoio político ao ex-presidente. Para o presidente do PT local, vereador Daniel Koehler, o julgamento é político e Lula é inocente. Confira a entrevista:

Crédito foto: Roque Tomazeli | RG

Presidente do PT, vereador Daniel Koehler, diz que julgamento de Lula é político

P – Em julho de 2017, o ex-presidente Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, a nove anos e seis meses de prisão – crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. O recurso será julgado no TRF-4 de Porto Alegre, dia 24 de janeiro. O senhor acredita na inocência do ex-presidente?

R – Acredito baseado na falta de provas, como recibos, mala de dinheiro ou uma conta bancária. O julgamento do ex-presidente Lula é mais político do que técnico. Este é o sentimento de ex-ministros do Judiciário e uma visão também internacional.

P – No meio jurídico, contam que o prazo médio de tramitação e julgamentos de casos dessa natureza é de um ano e meio. Com o ex-presidente Lula, o tempo baixou para oito meses. Isso gera alguma desconfiança?

R – Claro. O julgamento político acelerou o processo. Um recorde no Judiciário brasileiro no caso do presidente Lula. Uma tentativa de setores da grande Imprensa, partidos políticos e de parte do Judiciário de barrar a candidatura dele. O caso não se esgota no julgamento, mesmo se Lula for condenado em segunda instância.

P – Para os dias que cercam o julgamento em Porto Alegre, movimentos populares e setores da esquerda brasileira e internacional prometem atos de apoio político ao ex-presidente. O PT de Gramado pretende participar? Como?

R – Atos de apoio político que, por sinal, estão tentando marginalizar. Não aceitamos isso. O partido vai se reunir para decidir sobre o assunto. Uma representação do PT de Gramado vai estar presente, para apoiar o presidente Lula. Já que o julgamento é político, então vamos levar nosso apoio político para o presidente Lula. Eu estarei lá.

P – O PT nacional apresenta Lula como candidato a presidente da República. O senhor concorda que Lula é o melhor nome para liderar uma proposta de mudança política nas eleições de outubro?

R – Hoje é o melhor nome, pois é o líder nas pesquisas. O presidente Lula apresentou conquistas sociais e realizou mudanças importantes nos seus governos. Foi o melhor presidente do Brasil, após a Era Vargas (referência a Getúlio Vargas, presidente da República em dois períodos, entre 1930 e 1954). É isso que estão tentando criminalizar, mas nós defendemos o direito de Lula ser candidato.

P – Segundo a presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, o juiz, ao falar, deve ser a manifestação do Direito, não da sua vontade, menos ainda de qualquer tipo de voluntarismo. O PT nacional se queixa da “espetacularização” do Judiciário e do Ministério Publico na Operação Lava Jato. E o senhor, que avaliação faz disso?

R – Acredito que o papel do Judiciário não é o de acusador. O juiz Moro cumpre um papel político, acusador. Isso não é constitucional. O juiz julga diante das provas. Apoio a Operação Lava Jato, a Polícia Federal. Não sou contra o Judiciário e o Ministério Público. O que não pode haver é uma criminalização do PT.

P – O senhor continua como líder do governo Fedoca Bertolucci (PDT) na Câmara Municipal?

R – Sim. Já conversei sobre isso com o prefeito. Vou ampliar meu relacionamento com os setores da Prefeitura, para resolver diretamente certos assuntos, facilitando a tramitação dos projetos do Executivo na Câmara. Também farei parte de uma das comissões permanentes da Câmara.

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