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  • Roque Tomazeli

PCdoB lança pré-candidatura de Rodrigo Callais a deputado quarta, 21

O PCdoB lança nesta quarta-feira, 21, a pré-candidatura do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro e Similares de Gramado, e secretário da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Rodrigo Callais, a deputado federal. Natural de Gramado, 34 anos, Rodrigo Callais é estudante de Sociologia na Universidade Aberta do Brasil (UAB), morador do Bairro Piratini, trabalhou como auxiliar de escritório, garçom e disputa sua primeira eleição. O ato de lançamento da pré-candidatura está marcado para quarta-feira, 21, às 19h, na Câmara Municipal. A pré-candidata ao governo do Estado pelo partido, Abgail Pereira, é presença confirmada entre os convidados. Confira a entrevista com o pré-candidato que promete dialogar com todos os setores da sociedade para chegar à Câmara dos Deputados como representante da Região das Hortênsias.

Crédito foto: Roque Tomazeli | RG

Pré-candidato a deputado federal, Rodrigo Callais é o presidente do PCdoB de Gramado

P – Como candidato a deputado federal, quais são as principais propostas que o senhor vai apresentar para o eleitor?

R – Quero representar o sentimento de mudança na política, porque o que se apresenta hoje é catastrófico. Representar os anseios da juventude, juntamente com minha principal bandeira que é a defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Poder representar o povo trabalhador que é quem gera a riqueza e grandeza do País. Lutar para resgatar os direitos que estão sendo retirados pelo ‘desgoverno’ Temer e seus aliados. E, consequentemente, poder ampliar as conquistas da classe trabalhadora. Também pretendo ser um efetivo representante da nossa região, principal polo turístico do Estado e um dos principais do Brasil, que necessita de um parlamentar que tenha seu olhar voltado para ela.

P – O senhor é um sindicalista, com missão de zelar pelos interesses de trabalhadores. Na condição de candidato, ouvirá também empregadores sobre problemas comuns à Região das Hortênsias?

R – Com certeza todos serão ouvidos. Tenho um lado, e minha trajetória me coloca ao lado dos trabalhadores. Os anos como sindicalista me dão a plena consciência de que, para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, precisamos de uma economia pujante, nosso Estado e região fortes, com desenvolvimento e empregos. Isso se constrói com diálogo com todos os trabalhadores, empresários, governos estaduais e governo federal, estes sendo ativos e com coragem de encarar os percalços e crises, sem se apequenar diante delas como ocorre.

P – Entidades patronais, Congresso Nacional e governo Temer (MDB) produziram, apoiaram e aprovaram a reforma trabalhista, com a justificativa de facilitar o empreendedorismo e a geração de novos empregos. Qual a sua opinião sobre a nova legislação?

R – A ‘deforma’ (trabalhista) foi montada pelos grandes setores empresariais, nacionais e internacionais, tendo como objetivo retirar direitos e baratear o custo da mão de obra no Brasil. O discurso de gerar emprego e empreendedorismo caiu por terra já nos primeiros meses da reforma, ficando claro o aumento da precarização do trabalho, o aumento do trabalho informal, consequente perda remuneratória dos trabalhadores, sem nenhuma geração de apoio ou fomento ao pequeno e médio empresário, que são os que mais geram empregos no País. Essa ‘deforma’ foi feita para os grandes empresários, tem apenas o objetivo do lucro e caracteriza um golpe do grande capital contra o trabalho.

P – O turismo é uma atividade econômica de destaque na Região das Hortênsias – sua principal base eleitoral. Eleito, de que forma o senhor pretende atuar em relação ao setor?

R – O turismo é nossa principal atividade econômica e precisamos de mais investimentos, de mais empreendimentos na região. Não termos um deputado nos coloca em desvantagem em relação a outras regiões. Precisamos criar mecanismos, pelo Estado brasileiro, de fomento e ampliação do apoio ao turismo, que foi destroçado no ‘desgoverno’ Temer. Assim como resgatar outras importantes atividades econômicas da região, a exemplo da moveleira, calçadista, alimentos e da construção civil.

P – Em 2016 o PCdoB apoiou as candidaturas vitoriosas de Fedoca Bertolucci (PDT) a prefeito e de Evandro Moschem (MDB) a vice-prefeito, e o partido compõe o governo municipal. Agora, o senhor espera alguma retribuição, na forma de apoio à sua candidatura?

R – Recebo apoios de pessoas de vários partidos. A pré-candidatura é vista principalmente como uma representação regional. Converso com todos, independentemente de partidos. Não existe relação da pré-candidatura com a construção que fizemos para as candidaturas Fedoca e Evandro. A melhor retribuição que eles (Fedoca e Evandro) podem dar é ajudando Gramado a ficar mais forte para seu povo, continuando o bom trabalho que vêm desenvolvendo e que apoiamos.

P – O PCdoB quer lançar a ex-secretária de Turismo do Estado, Abgail Pereira, candidata a governadora, e a deputada estadual Manuela D’Ávila candidata à Presidência da República, sem alianças como com o PT, por exemplo. Por quê?

R – Entendemos que o Brasil encerrou um ciclo com a ruptura democrática do golpe de 2016. As eleições deste ano serão as mais importantes das últimas décadas. O PCdoB tem projetos e alternativas para o Brasil voltar ao caminho do desenvolvimento com uma nova industrialização, sem deixar que o resto do mundo comande nossa grandiosa Nação. Defendemos a soberania nacional, a garantia de direitos do povo. No Rio Grande do Sul, segue a mesma ideia, pois parece que não tivemos governo nos últimos quatro anos. A pré-candidata Abgail tem experiência e capacidade para colocar o Estado de volta ao caminho certo. Por isso, apresentamos duas mulheres com históricos de luta, com a cara e a coragem do PCdoB.

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