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  • Por Roque Tomazeli*

Hard Rock Hotel Gramado, interesses e leis

Para cumprir uma formalidade legal, a Secretaria do Meio Ambiente realizou uma audiência pública a fim de ouvir correntes de opiniões sobre o pedido de Licença Prévia (LP) do grupo Hard Rock, que quer construir um hotel inicialmente com 400 quartos e outros ambientes na Linha Carazal.

Crédito foto: Divulgação | RG

Questões de natureza técnica, relacionadas ao Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental, pautaram o encontro na noite de quinta-feira, 5, na FAURGS, que também revelou a posição do governo municipal e de setores ligados à hotelaria e ambientalistas.

O prefeito Fedoca Bertolucci, sem meios-termos, mostrou inequívoco apoio à construção do hotel. Já lideranças do Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias (SindTur) e do Movimento Ambientalista da Região das Hortênsias (MARH), entre outros, protestaram contra.

As razões dos posicionamentos foram, pelo lado do governo municipal, de modo objetivo e subjetivo, desde a atração do investimento para a cidade, geração de emprego e renda, e retorno aos cofres público na forma de impostos. Do lado dos contrários à obra, certa dose de bucolismo, razões de reserva de mercado e alegado impacto ambiental negativo no entorno do empreendimento.

O empreendedor, por sua vez, contabilizou os ganhos para a imagem da cidade com o Hard Rock Hotel (marca mundialmente conhecida), vantagens econômicas e conquistas sociais para a população. Por fim, assegurou que cumprirá a legislação local e que não busca concessões.

Por sinal, Gramado é pródigo em leis aprovadas na Câmara Municipal. Aqui tem, por exemplo, a lei do Plano Diretor, tem uma nova legislação ambiental, em fase regulamentação, e tem até um Código de Posturas que prevê, entre outras coisas, a correta destinação dos dejetos dos animais domésticos.

Vale lembrar, inclusive, que a secretária do Meio Ambiente, Rosaura Heurich, alertou, em recente ato de apresentação da nova legislação ambiental de Gramado, que “lei é para ser cumprida”.

Logo, nada pode impedir a instalação do famoso hotel na cidade – salvo restrições legais.

*Jornalista diplomado e editor do Repórter Gramado.

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