- Por Roque Tomazeli
Hospital: reunião aumenta desconfiança sobre o futuro do São Miguel
Na última reunião ordinária de 2017 do Conselho Municipal da Saúde (CMS), com a presença do prefeito Fedoca Bertolucci (PDT), do presidente da Câmara Municipal, vereador Luia Barbacovi (PP), e do promotor de Justiça, Max Guazzelli, nenhuma decisão tranquilizadora sobre o futuro do Hospital Arcanjo São Miguel (HASM) foi anunciada.
Reunião do CMS discutiu a intervenção do Município no Hospital São Miguel
A intervenção do Município no HASM vem de fevereiro de 2016, ainda no governo Nestor Tissot (PP), e no período de quase dois anos, conforme números da Prefeitura, o hospital já recebeu R$ 28,7 milhões entre recursos do Município, Estado e União.
Segundo o prefeito Fedoca Bertolucci, mais de dez audiências, sem êxito, foram realizadas em Brasília, na tentativa de aumentar os recursos em atendimentos de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar.
Em outra frente, relatou o prefeito, mais de 20 investidores mostraram interesse inicial no hospital, mas desistiram em razão de cláusulas de matrícula, que vinculam o imóvel à necessária utilização para a existência de um hospital, ou pelo fato de Gramado ser uma cidade pequena, o que afasta grandes empreendedores da área da saúde.
DESAPROPRIAÇÃO
O presidente do CMS, médico Cesar Maciel, defendeu a desapropriação do hospital e a criação de uma associação local, composta pela comunidade, empresários e profissionais da área, com a finalidade de administrar o HASM.
Para o promotor de Justiça, Max Guazzelli, que acompanha a intervenção desde o início, se o caminho for o da desapropriação, o Ministério Público auxiliará em questões como a de avaliar a idoneidade dos pretendentes à gestão do Hospital Arcanjo São Miguel.
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