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  • Por Roque Tomazeli*

Uma proposta dos candidatos a governador para o Zoo de Sapucaia

O Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica (PZ) do RS, o Zoo de Sapucaia, foi criado para ser uma universidade ao ar livre. Isso, pelo menos, desejava um de seus idealizadores, o padre e botânico Balduino Rambo (1905-1961).

Crédito foto: Roque Tomazeli | RG

Neste patrimônio natural construído, de excelente cobertura vegetal, lagos e infraestrutura, vivem ao redor de 1,1 mil animais entre aves, mamíferos e répteis, com uma diversidade de 150 espécies, sendo 50 exóticas e 100 nativas.

Vinculado à Fundação Zoobotânica (com o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais), o PZ desempenha uma função única na estrutura estadual, oferecendo educação ambiental, pesquisa, acolhimento e tratamento de animais silvestres resgatados do tráfico e do cativeiro.

Uma estrutura que se mantém, na quase totalidade, com recursos próprios (menos os gastos com pessoal), arrecadados de aluguéis e venda de ingressos a preços populares aos perto de 500 mil visitantes que recebe anualmente – estudantes, grupos familiares e excursionistas.

Pela escassez de orçamento, principalmente, o desejo do padre Rambo nunca foi plenamente atingido, mas o PZ funciona com as condições que tem – em uma área de 159 hectares cercada, dentro de um todo de aproximadamente 800 hectares, que forma a ‘Reserva Florestal Balduino Rambo’.

No curso do governo Sartori, porém, pouco se ouviu falar em investimentos. Mais é sobre a intenção de conceder a gestão do parque por 30 anos, assegurando, na visão oficial, sua sustentabilidade técnica e econômica (informação no espaço web da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, 5/7).

De acordo com um edital (ainda segundo o espaço web), a empresa vencedora terá a obrigação de realizar um investimento mínimo de R$ 59 milhões.

Agora, em plena campanha eleitoral, os candidatos ao Piratini podem, em respeito à história do Parque Zoológico, revelar os planos que têm para um dos endereços mais queridos do povo gaúcho.

Pois, entre todas as dificuldades que o PZ atravessa, desde a falta de investimentos públicos e de pessoal na composição da força de trabalho, a indefinição sobre o futuro é a mais desanimadora.

O padre Balduino Rambo morreu meses antes da inauguração do PZ, realizada em maio de 1962, no governo Brizola.

*Roque Tomazeli é jornalista diplomado e editor do Repórter Gramado.

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