- Por Roque Tomazeli*
Em Jaquirana não tem Nova Borges
Parece que faltou previsibilidade, cronograma de execução do projeto executivo e garantia de recursos financeiros para o trecho de revitalização da Avenida Borges de Medeiros – a Nova Borges – no acesso à cidade, pela RS 115.
O que era para ficar pronto até o mês de outubro foi, agora, empurrado para maio de 2019. Isso leva a crer que as obras serão paralisadas em outubro, para dar lugar ao trânsito durante o Natal Luz.
Estranho, pois há 30 dias o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Flavio Souza, me disse que o serviço ficaria pronto até outubro, antes da abertura do Natal Luz. Ele não me falou sobre problemas financeiros – e sequer perguntei.
Na ocasião, 8 de julho, um domingo, o secretário até reclamou da falta de compreensão das pessoas em relação à complexidade das obras (detonação, por exemplo).
Eu respondi que compreendia.
Ele agradeceu.
Claro, os dois mandatos que cumpri na Câmara Municipal coincidiram com os dois últimos governos do prefeito Pedro Bertolucci (2001 – 2008). No período, foram executadas as obras de revitalização da Avenida Borges de Medeiros.
A tranqueira e a lentidão das obras, na região central da cidade, englobando todas as ruas do entorno, tal qual agora, provocavam, então, muitas reclamações da população. Como vereador de oposição, várias vezes pedi (outros, igualmente) agilidade na execução do projeto.
Certa noite (até me lembrei, recentemente), durante uma sessão do Legislativo, em que renovei minhas cobranças sobre a demora na execução das obras, o vereador governista Remi Pereira Dias encarou a bronca e disse, sem me citar, mais ou menos o seguinte: quem tá incomodado com o progresso, vá morar em Jaquirana. Lá não tem Nova Borges.
Bem, este não é o caso de radicalizar e mandar para a aprazível Jaquirana os importunados com os atrasos das obras em curso da Nova Borges, nas imediações do Lago Joaquina Rita Bier.
No entanto, é natural, isto sim, mostrar alguma impaciência e cobrar providências.
Afinal de contas, o atual governo municipal não deve manter a imagem pública, como sustentam alguns, de não ter competência para fazer grandes obras.
* Jornalista diplomado e editor do Repórter Gramado.